A história das civilizações na região da Mesopotâmia é marcada por uma notável evolução ocorrida no Crescente Fértil, uma área que se estendia desde o Egito até as terras mesopotâmicas. Embora fosse uma região desértica, ela contava com rios abundantes, como o Nilo, Tigre e Eufrates.
Devido à importância das águas desses rios para o desenvolvimento da região, os povos que habitavam a Mesopotâmia são conhecidos como sociedades hidráulicas. Essa situação peculiar tornou o território altamente disputado por diversos grupos ao longo da história.
Quais Foram os Povos da Mesopotâmia?
Os povos mesopotâmicos eram seguidores da crença politeísta, ou seja, acreditavam em múltiplos deuses. A religião exercia uma grande influência sobre sua arquitetura, refletindo-se na construção de imponentes templos, cujas partes superiores eram destinadas às cerimônias religiosas.
Além disso, a escrita desempenhou um papel fundamental ao permitir o registro dos eventos históricos, conquistas e ritos religiosos da Mesopotâmia. Atualmente, a região correspondente à Mesopotâmia abrange os territórios do Iraque, Irã e Jordânia, situados no Oriente Médio.
A Mesopotâmia, situada entre os rios Tigre e Eufrates, foi uma região altamente disputada por diversos povos ao longo da história. Em contraste com o Egito Antigo, que foi formado por um único povo, a civilização egípcia, na Mesopotâmia houve a presença e o destaque de diferentes povos, alguns dos quais são:
Sumérios
Os sumérios foram os primeiros a se estabelecerem na região da Mesopotâmia. Eles escolheram locais próximos aos rios Tigre e Eufrates, aproveitando suas águas para consumo e desenvolvendo técnicas de irrigação que permitiam levar a água para áreas distantes das margens. Sua presença na Mesopotâmia ocorreu aproximadamente de 3200 a.C. a 2800 a.C.
Assim como era comum nas civilizações da Antiguidade Oriental, os sumérios atribuíam grande importância à religião, e isso se refletia em sua arquitetura. Construíram impressionantes templos religiosos, onde os sacerdotes realizavam rituais sagrados. Para registrar suas conquistas e ritos religiosos, utilizavam a escrita cuneiforme, um sistema de escrita em forma de cunha em tabletes de barro.
A produção agrícola excedente dos sumérios era objeto de comércio com outras civilizações, incluindo os povos egípcios e indianos. Dessa forma, eles estabeleceram relações comerciais e culturais com outros povos da época.
Acádios
Os acadianos foram outro povo importante que habitou a região da Mesopotâmia. Inicialmente, eles derrotaram os sumérios, mas seu controle sobre a terra mesopotâmica foi verdadeiramente consolidado com a unificação realizada pelo rei Sargão I, que reuniu os diversos povos que viviam na região.
Entretanto, o domínio acadiano chegou ao fim quando foram derrotados pelos babilônicos, também conhecidos como os amoritas. A ascensão dos babilônicos marcou o declínio do poder dos acadianos na Mesopotâmia.
Primeiro Império Babilônico
Durante o Primeiro Império Babilônico, a cidade de Babilônia se tornou renomada no Mundo Antigo como a sede desse poderoso império. Entre os anos 2000 a.C. e 1515 a.C., os babilônicos exerceram domínio sobre a Mesopotâmia, expandindo seus territórios e conquistando outros povos. Um dos reis babilônicos mais famosos desse período foi Hamurabi, que ficou conhecido por ser o primeiro a estabelecer um sistema organizado de leis em seu reino.
O Código de Hamurabi, criado por este rei, era um conjunto de leis que previam punições proporcionais aos crimes cometidos. Esse código se baseava na antiga Lei do Talião, que popularizou a expressão “olho por olho, dente por dente”. A justiça babilônica buscava assegurar que as penalidades impostas correspondessem ao dano causado.
Entretanto, o domínio babilônico na Mesopotâmia chegou ao fim com a invasão dos hititas, um acontecimento que marcou o encerramento do Primeiro Império Babilônico.
Assírios
Os assírios eram uma civilização reconhecida por sua ferocidade no combate e na forma como tratavam seus inimigos. Eles possuíam uma sociedade altamente militarizada e, com seu poderio, conquistaram vastas áreas que incluíam toda a região da Mesopotâmia, a Palestina, o Egito e parte da Pérsia.
Em 1450 a.C., a Mesopotâmia estava sob seu domínio, porém, posteriormente, em 612 a.C., os caldeus conseguiram derrotá-los, encerrando assim o domínio dos assírios na região.
Segundo Império Babilônico
Os caldeus estabeleceram o Segundo Império Babilônico após conquistar a região da Mesopotâmia. Sob o reinado de Nabucodonosor, o império atingiu seu apogeu, caracterizado principalmente pelas grandiosas e magníficas construções arquitetônicas.
Entre elas, destacam-se os famosos Jardins Suspensos da Babilônia, cuja construção impressionou até mesmo arqueólogos e historiadores contemporâneos, dada a aparente complexidade alcançada com recursos limitados. Contudo, o Segundo Império Babilônico chegou ao seu fim em 539 a.C., quando foi derrotado por Ciro II, rei persa.
Os povos mesopotâmicos desenvolveram suas civilizações ao longo das margens dos rios Tigre e Eufrates. Utilizando as águas para o consumo e irrigação de suas plantações, eles desenvolveram técnicas avançadas de irrigação, incluindo a construção de canais que levavam água para áreas mais distantes das margens.
A principal atividade econômica na Mesopotâmia durante a Antiguidade Oriental foi a agricultura. O excedente da produção agrícola era valorizado e comercializado com outros povos, proporcionando prosperidade econômica à região. Além da agricultura, a atividade de pastoreio também contribuiu para o desenvolvimento econômico mesopotâmico.
A sociedade mesopotâmica era organizada em castas, com pouca ou nenhuma mobilidade social. O poder era centralizado nas mãos do soberano, que exercia funções militares, políticas e religiosas. Enquanto um pequeno grupo de elite desfrutava do poder, os camponeses sustentavam a sociedade com o trabalho no campo e nas construções públicas e templos.
Resumindo
O legado cultural da Mesopotâmia continua influente nos dias atuais. Devido à dependência das águas dos rios para a sobrevivência, os povos mesopotâmicos desenvolveram técnicas avançadas de arquitetura, incluindo a construção de represas para armazenar água.
Seus conhecimentos em astronomia eram utilizados para prever enchentes e vazantes, sendo também aplicados na construção de majestosos templos e palácios, símbolos de crença religiosa e expressão de poder dos soberanos.
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