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Maui, O Deus Aventureiro dos Havaianos

Na mitologia polinésia, Maui era um deus trapaceiro de grande poder, famoso por sua contribuição na criação das ilhas do Pacífico. Ele era o filho de Tangaroa, um deus, e uma mulher mortal.

Maui realizou uma série de feitos notáveis com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos seres humanos, como elevar o céu para aumentar a altura e prolongar os dias. Possuindo habilidades mágicas, este deus de pequeno porte, porém incrivelmente forte, desempenhou o papel de herói cultural em sua tentativa, embora malsucedida, de alcançar a imortalidade.

 

Origem e Características

Segundo a lenda, ele era um semi-deus e filho de Taranga, o deus do céu. Ele nasceu prematuramente e foi jogado ao mar por sua mãe, que achou que ele estava morto. No entanto, ele sobreviveu e foi criado por Tama-nui-te-rā, o deus do sol. Desde então, Maui ficou conhecido como um herói astuto e engenhoso, que sempre estava disposto a ajudar seu povo.

Maui era um dos semideuses da mitologia polinésia, nascido de pais que faziam parte da linhagem de seres sobrenaturais. Ele próprio possuía habilidades sobrenaturais e era versado em diversos tipos de encantamentos. Na história antiga da Nova Zelândia, contava-se que um Maui auxiliou outros deuses na criação da humanidade.

No entanto, Maui também exibia características profundamente humanas. Ele habitava em casas de palha, tinha esposas e filhos, e ocasionalmente era repreendido pelas mulheres por não cuidar devidamente do seu lar.

O período em que Maui viveu entre os seres humanos é incerto e difuso. De acordo com as genealogias havaianas, Maui e seus irmãos eram considerados descendentes de Ulu e “os filhos de Kii”, sendo Maui um dos ancestrais de Kamehameha, o primeiro rei das ilhas havaianas unidas.

Isso o situaria em algum momento entre o sétimo e oitavo século da Era Cristã. No entanto, é mais plausível que a figura de Maui pertença à nebulosa dimensão do tempo. Suas travessuras maliciosas com diversos deuses sugerem que ele poderia ser comparado a um Mercúrio, existindo em qualquer época, desde a criação até o início da era cristã.

 

Māui Snaring the Sun, desenho a caneta e tinta de Arman Manookian, por volta de 1927. (Domínio Público)

As Aventuras de Maui na Mitologia

Em uma das histórias, Maui empreende uma busca por auxílio junto a seu pai para elevar o céu. Deitando-se no solo, Maui inicia o esforço de erguer o firmamento com sua grande força. Ele sinaliza para seu pai, que se junta a ele na tarefa, e juntos, pai e filho conseguem elevar o céu a uma altura que permite o crescimento vigoroso das pessoas, das plantas e das árvores.

Há relatos que sugerem que, se pai e filho não tivessem colaborado, o céu teria desabado por completo, tornando a terra inabitável. Assim, trabalhando em conjunto, esta família salvou a humanidade, transmitindo uma valiosa lição sobre a importância da cooperação familiar.

Outra versão da história envolve o semideus Maui em busca de ajuda junto a um kahuna, um sacerdote e curandeiro havaiano. Diz-se que Maui consultou um kahuna “ana’ana,” um sacerdote e feiticeiro havaiano especializado em habilidades específicas.

Esse kahuna tatuou Maui com um símbolo mágico em seu antebraço, conferindo-lhe poderes extraordinários. Além disso, Maui procurou uma anciã, conhecida como kapuna, e bebeu de sua cabaça, obtendo a força necessária para erguer o céu.

Após uma intensa batalha, Maui conseguiu elevar o céu sobre as montanhas, onde permanece até os dias atuais. Diz a lenda que, quando nuvens tempestuosas se reúnem sobre Haleakalā, elas têm receio de permanecer, temendo que Maui possa lançá-las tão longe que jamais retornem.

O próximo feito de Maui foi mais uma vez em benefício da humanidade. A história de Maui controlando o sol é uma narrativa compartilhada em toda a Polinésia. No Havaí, a mãe de Maui, Hina, queixa-se de que seu pano kapa, feito de casca transformada em tecido macio, não tem tempo de secar devido à escassez de luz solar.

Maui sobe ao topo do vulcão Haleakalā e se posiciona à beira da cratera, esperando o nascer do sol. Utilizando laços mágicos confeccionados com o cabelo de sua irmã, Maui captura os raios do sol, considerados os braços do próprio sol, e ameaça castigá-lo com veemência. O sol concorda em abrandar sua jornada pelo céu, auxiliando assim sua mãe e o restante da humanidade ao prolongar a temporada de crescimento.

Variações dessa história incluem a participação da avó de Maui e de seus irmãos, evidenciando a importância da família na cultura havaiana e polinésia.

 

Resumindo

Em resumo, Maui é uma figura central na mitologia havaiana, que tem sido estudada por muitos pesquisadores ao longo dos anos. Sua história é rica em feitos heróicos e simbolismos profundos, refletindo a sabedoria e a crença do povo havaiano. A figura de Maui continua sendo importante para a cultura havaiana e para a preservação de suas tradições ancestrais.

 

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Referências:

Emory, K.P. (1928). “The Cult of Maui in Ancient Hawaii”. Journal of the Polynesian Society. 37: 1-52.

Handy, E.S.C. (1940). “The Polynesian Family System in Ka-‘u, Hawaii”. Journal of the Polynesian Society. 49: 265-284.

Kirch, P.V. (1996). “On the Road of the Winds: An Archaeological History of the Pacific Islands Before European Contact”. University of California Press.

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