No vasto panteão da mitologia inca, a figura da deusa Mama Killa brilha com uma aura de majestade e poder. Conhecida como a Deusa da Lua, Mama Killa era uma divindade adorada pelos antigos incas, cuja influência estendia-se sobre a noite, a fertilidade e a passagem do tempo.
Mitologia e Simbolismo de Mama Killa
Mama Killa, cujo nome significa “Mãe Lua” em quéchua, desempenhava um papel crucial na mitologia inca. Filha de Viracocha, o Deus Criador Supremo, e Mama Cocha, a deusa do mar. Ela é a esposa e irmã do deus do sol, Inti, e sua irmã é Pachamama, a deusa da terra.
Ela é mãe de quatro deuses importantes: Manco Cápac, o deus do fogo e primeiro governante dos Incas, Mama Ocllo, a deusa da fiação, Pachacamac, o deus criador da terra, e Kon, o deus da chuva e do vento sul.
A deusa Mama Killa personificava a Lua e governava sobre a noite e tudo o que ela abrangia. Ela era considerada uma deusa da fertilidade, responsável por garantir a abundância das colheitas e a prosperidade do povo inca. Sua associação com a fertilidade também se estendia à esfera humana, sendo considerada a protetora das mulheres grávidas e do parto.
Além disso, Mama Killa era venerada como a guardiã do tempo. Os incas acreditavam que ela regulava os ciclos lunares e, por consequência, os ciclos agrícolas. Ela era vista como uma deusa sábia e previdente, capaz de prever eventos futuros e influenciar o destino do povo inca.
Culto e Celebrações
O culto a Mama Killa era uma parte fundamental da religião inca e era acompanhado por diversas celebrações e rituais sagrados. A cada mês, durante a lua cheia, os incas realizavam uma festividade chamada “Raymi”, dedicada à deusa da Lua. Nessas ocasiões, as pessoas se reuniam para oferecer oferendas e realizar danças em honra a Mama Killa.
Além disso, os incas construíram templos e santuários dedicados à deusa da Lua, onde eram realizados rituais religiosos. Um dos mais importantes desses locais era o Templo de Qoricancha, em Cusco, a capital do império inca. Esse templo era adornado com símbolos da Lua e servia como centro de devoção a Mama Killa.
A importância de Mama Killa também se estendia ao poder político dos governantes incas. O governante, conhecido como Sapa Inca, era considerado o filho do Sol e da Lua, uma vez que Inti e Mama Killa eram vistos como seus ancestrais divinos. Essa associação conferia ao Sapa Inca uma legitimidade divina e reforçava sua posição como líder supremo do império.
Resumindo
A deusa inca Mama Killa desempenhou um papel central na mitologia e na vida dos antigos incas. Como a personificação da Lua, ela simbolizava a fertilidade, o tempo e a sabedoria. Seu culto e adoração eram fundamentais para a religião inca, e suas celebrações e rituais eram realizados com devoção e reverência.
Através do estudo de Mama Killa, podemos compreender a profundidade da espiritualidade inca e a importância atribuída à natureza e aos elementos cósmicos. A deusa da Lua permanece como um símbolo poderoso da fertilidade, do equilíbrio e da ligação entre o divino e o humano no rico legado cultural deixado pelos incas.
Conheça os melhores contos e lendas de todos os cantos do mundo!
Saiba tudo sobre a história das civilizações do mundo!
Conheça a mitologia de todos os cantos do mundo!
O canal “Contos de Todos os Cantos”, é um lugar onde você pode mergulhar em narrativas fascinantes e descobrir a rica história, mitologia, contos e lendas de todos os cantos do mundo. Aqui, você encontrará vídeos cativantes que exploram as histórias por trás das civilizações antigas, deuses e deusas, heróis e heroínas, e muito mais.
Se você é um amante de histórias e cultura, venha se juntar a nós em uma jornada emocionante através do tempo e do espaço. Inscreva-se em nosso canal e prepare-se para se maravilhar com as histórias incríveis que o mundo tem para contar.
Deixe nos comentários quais contos e lendas você gostaria de ver por aqui! Evoé!
Referências:
Baudin, Louis. “The Moon and the Ancient Andean World.” Moon Lore from Around the World. Ed. Constance Steward Maloney. New York: The Macmillan Company, 1955.
De La Vega, Garcilaso. Royal Commentaries of the Incas and General History of Peru. Trans. Maria Jolas. Austin: University of Texas Press, 2014.
Sullivan, Lawrence E. The Ancient Central Andes. New York: Routledge, 2017.