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Mama Killa: A Majestosa Deusa Inca da Lua

Mama Killa, A Majestosa Deusa Inca da Lua

No vasto panteão da mitologia inca, a figura da deusa Mama Killa brilha com uma aura de majestade e poder. Conhecida como a Deusa da Lua, Mama Killa era uma divindade adorada pelos antigos incas, cuja influência estendia-se sobre a noite, a fertilidade e a passagem do tempo.

 

Mitologia e Simbolismo de Mama Killa

Mama Killa, cujo nome significa “Mãe Lua” em quéchua, desempenhava um papel crucial na mitologia inca. Filha de Viracocha, o Deus Criador Supremo, e Mama Cocha, a deusa do mar. Ela é a esposa e irmã do deus do sol, Inti, e sua irmã é Pachamama, a deusa da terra.

Ela é mãe de quatro deuses importantes: Manco Cápac, o deus do fogo e primeiro governante dos Incas, Mama Ocllo, a deusa da fiação, Pachacamac, o deus criador da terra, e Kon, o deus da chuva e do vento sul.

A deusa Mama Killa personificava a Lua e governava sobre a noite e tudo o que ela abrangia. Ela era considerada uma deusa da fertilidade, responsável por garantir a abundância das colheitas e a prosperidade do povo inca. Sua associação com a fertilidade também se estendia à esfera humana, sendo considerada a protetora das mulheres grávidas e do parto.

Além disso, Mama Killa era venerada como a guardiã do tempo. Os incas acreditavam que ela regulava os ciclos lunares e, por consequência, os ciclos agrícolas. Ela era vista como uma deusa sábia e previdente, capaz de prever eventos futuros e influenciar o destino do povo inca.

Representação da cosmologia dos Incas, segundo Juan de Santa Cruz Pachacuti Yamqui Salcamayhua (1613), depois de uma foto no Templo do Sol Qurikancha em Cusco, com Inti (o Sol), Mama Killa (a Lua), Illapa (o Relâmpago), Pachamama (Mãe Terra), Mama Qucha (Mãe Mar) e Chakana (Cruzeiro do Sul) com Saramama (Mãe Milho) e Kukamama (Mãe Coca). (Domínio Público)

Culto e Celebrações

O culto a Mama Killa era uma parte fundamental da religião inca e era acompanhado por diversas celebrações e rituais sagrados. A cada mês, durante a lua cheia, os incas realizavam uma festividade chamada “Raymi”, dedicada à deusa da Lua. Nessas ocasiões, as pessoas se reuniam para oferecer oferendas e realizar danças em honra a Mama Killa.

Além disso, os incas construíram templos e santuários dedicados à deusa da Lua, onde eram realizados rituais religiosos. Um dos mais importantes desses locais era o Templo de Qoricancha, em Cusco, a capital do império inca. Esse templo era adornado com símbolos da Lua e servia como centro de devoção a Mama Killa.

A importância de Mama Killa também se estendia ao poder político dos governantes incas. O governante, conhecido como Sapa Inca, era considerado o filho do Sol e da Lua, uma vez que Inti e Mama Killa eram vistos como seus ancestrais divinos. Essa associação conferia ao Sapa Inca uma legitimidade divina e reforçava sua posição como líder supremo do império.

 

Resumindo

A deusa inca Mama Killa desempenhou um papel central na mitologia e na vida dos antigos incas. Como a personificação da Lua, ela simbolizava a fertilidade, o tempo e a sabedoria. Seu culto e adoração eram fundamentais para a religião inca, e suas celebrações e rituais eram realizados com devoção e reverência.

Através do estudo de Mama Killa, podemos compreender a profundidade da espiritualidade inca e a importância atribuída à natureza e aos elementos cósmicos. A deusa da Lua permanece como um símbolo poderoso da fertilidade, do equilíbrio e da ligação entre o divino e o humano no rico legado cultural deixado pelos incas.

 

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Referências:

Baudin, Louis. “The Moon and the Ancient Andean World.” Moon Lore from Around the World. Ed. Constance Steward Maloney. New York: The Macmillan Company, 1955.

De La Vega, Garcilaso. Royal Commentaries of the Incas and General History of Peru. Trans. Maria Jolas. Austin: University of Texas Press, 2014.

Sullivan, Lawrence E. The Ancient Central Andes. New York: Routledge, 2017.

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