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Hanan, A Deusa do Amanhecer na Mitologia Filipina

Hanan, a Deusa do Amanhecer na Mitologia Filipina

A mitologia filipina é rica em histórias sobre deuses e deusas, e uma das figuras mais proeminentes do panteão é Hanan, a deusa do amanhecer e da juventude. Sua origem remonta à época pré-colonial das Filipinas, quando os povos indígenas adoravam uma variedade de deidades relacionadas à natureza.

Sobre as Divindades da Mitologia Filipina

A mitologia antiga das Filipinas é caracterizada por uma diversidade de divindades, histórias de criação, seres míticos e sistemas de crenças. Essa rica tapeçaria mitológica variava entre as diversas tribos nativas das Filipinas.

Antes da chegada dos conquistadores espanhóis, algumas tribos acreditavam em um Ser Supremo como o criador do mundo e de tudo que o compõe, enquanto outras preferiam adorar uma multiplicidade de divindades associadas às árvores e à floresta, chamadas de “diwata”.

A palavra “diwata” tem suas raízes na língua sânscrita, derivada de “devata”, que significa “divindade”, revelando influências hindus na religião pré-hispânica dos antigos filipinos. Abaixo, apresentamos algumas das deidades veneradas na antiga mitologia filipina:

As Divindades da Mitologia Filipina são os deuses, deusas e diwatas adorados pelos antigos filipinos antes da cristianização imposta pelos espanhóis após sua conquista das Filipinas. Embora essas figuras mitológicas não sejam tão amplamente reconhecidas quanto suas contrapartes europeias e asiáticas, compartilham elementos e características comuns quando comparadas a outras mitologias.

 

Origem de Hanan

Acredita-se que Hanan seja uma deusa das regiões montanhosas do norte das Filipinas, particularmente entre as tribos Kalinga e Ifugao. Segundo a tradição, ela era responsável por trazer o sol todas as manhãs, iluminando a terra e dando início a um novo dia. Como uma deusa da juventude, Hanan também era associada à fertilidade e à renovação, e muitas vezes era invocada em rituais de colheita e nascimentos.

A mitologia de Hanan é frequentemente contada em histórias orais e canções, transmitidas de geração em geração. Uma das lendas mais populares sobre a deusa é a história de sua rivalidade com sua irmã mais velha, Mayari, a deusa da lua.

Segundo a lenda, as duas irmãs disputavam a atenção de um jovem guerreiro, e Hanan usou sua magia para se transformar em uma bela donzela e conquistar o coração do guerreiro. Mayari, enfurecida, transformou-se em uma águia e atacou a irmã, ferindo-a gravemente. Desde então, Hanan foi vista como uma deusa vulnerável, que precisava ser protegida e venerada pelos mortais.

Uma Ilustração da Deusa feita por IA (Domínio Público)

O Culto a Hanan

Hanan é venerada pelos filipinos como uma divindade benéfica e essencial para a harmonia do universo. Seu culto é marcado por celebrações e rituais realizados ao amanhecer, quando a luz do sol começa a se manifestar no horizonte.

Os devotos de Hanan oferecem preces e agradecimentos pela renovação diária que o amanhecer traz. Acredita-se que ela traz boa sorte, prosperidade e proteção para aqueles que a reverenciam com sinceridade.

A devoção a Hanan se manifesta em diferentes formas, desde pequenos altares caseiros até grandes celebrações comunitárias. Durante esses rituais, são oferecidas flores, frutas e velas douradas em honra à deusa do amanhecer.

Ao longo dos anos, a adoração de Hanan se espalhou para outras partes das Filipinas, e ela se tornou uma figura central na religião e cultura filipina. Muitos rituais e festivais são realizados em sua honra, incluindo o Festival Hanan, que é celebrado no início da primavera e marca o renascimento da natureza.

 

Resumindo

Embora a religião tradicional das Filipinas tenha sido em grande parte suplantada pelo cristianismo durante o período colonial espanhol, a devoção a Hanan e outras deidades indígenas ainda é praticada por algumas comunidades indígenas. A mitologia de Hanan é uma lembrança vívida da rica cultura e história das Filipinas, e continua a inspirar a arte, a música e a literatura filipina até os dias de hoje.

 

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Referências:

Scott, William Henry. (1994). Barangay: Sixteenth Century Philippine Culture and Society. Quezon City: Ateneo de Manila University Press.

Philippine Mythology. (2023). In Encyclopædia Britannica. Recuperado em 28 de abril de 2023, de https://www.britannica.com/topic/Philippine-mythology.

Francisco, L. G. (1979). Hanan: The Kalinga Goddess of Fertility and the Morning Sun. Asian Folklore Studies, 38(2), 101-120.

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