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7 Filósofos Gregos que Marcaram o Mundo

7 Filósofos Gregos que Marcaram o Mundo com Suas Ideias

Os filósofos gregos Sócrates, Platão e Aristóteles desempenharam um papel fundamental na formação do pensamento ocidental. Suas ideias continuam a influenciar nossa compreensão do mundo nos dias de hoje.

Esses brilhantes estudiosos foram pioneiros no uso da razão e da lógica para explorar o funcionamento do cosmos e desvendar as complexidades da moralidade humana. Quem foram esses antigos filósofos gregos e quais foram suas principais ideias?

Começando pelos pré-socráticos, como Tales de Mileto, até chegar em Platão e Aristóteles, vamos explorar os famosos pensadores que moldaram a filosofia e a ciência por milhares de anos. Além disso, abordaremos as três principais escolas de filosofia helenística e seus fundadores, que governaram a filosofia após a era de Alexandre, o Grande.

A seguir, apresentamos os nove filósofos gregos mais renomados que deixaram um impacto duradouro no mundo ao longo dos séculos.

 

1 ) Tales de Mileto – O Primeiro dos Filósofos Gregos

No século VII a.C., a filosofia estava mais voltada para as ciências naturais do que para questões morais. Tales de Mileto foi um dos primeiros filósofos gregos a se concentrar no pensamento científico. Nascido por volta de 624 a.C. na cidade de Mileto, na Ásia Menor, Tales fazia parte de uma nova geração de pensadores que buscavam compreender a construção do cosmos, um ramo da filosofia conhecido como metafísica.

Tales defendia o monismo, a crença em um único elemento como bloco de construção principal do cosmos. Ele chegou a essa hipótese ao refletir sobre as características que um elemento cosmológico precisaria ter: ser capaz de mudança e movimento, essencial para a vida e a base de todas as partes do universo. Por meio de suas observações, Tales concluiu que a água atendia a todos esses critérios.

Esse enfoque pioneiro em explicar o mundo natural sem recorrer aos deuses tornou Tales um dos filósofos gregos mais influentes. Ele fundou a Escola Milesiana, cujos sucessores incluíram nomes como Pitágoras.

Ilustração de “História mundial ilustrada publicada por E. Wallis. volume I”: Thales. (Domínio Público)

2) Pitágoras – O Pai da Matemática

Pitágoras foi outro importante filósofo grego pré-socrático, nascido por volta de 570 a.C. na ilha de Samos. Ele via a matemática como uma maneira harmoniosa e racional de explicar o funcionamento do cosmos, considerando-a fundamental para a filosofia.

Pitágoras formulou a hipótese de que tudo no universo era governado pelos princípios matemáticos, estudando geometria e fazendo descobertas que influenciariam a arquitetura e a matemática por milênios.

Um dos primeiros a utilizar o raciocínio dedutivo em suas conclusões, Pitágoras teve grande influência sobre filósofos posteriores, como Platão. Ele estabeleceu sua própria academia na Itália, que assumiu a forma de uma comuna, embora algumas vezes possa ter sido vista como um culto, dadas as rígidas regras impostas por Pitágoras sobre dieta e comportamento.

Os pitagóricos atribuíam significado espiritual aos números, e Pitágoras pode ter considerado suas revelações filosóficas como percepções divinas.

No afresco de Rafael, a Escola de Atenas, Pitágoras é mostrado escrevendo em um livro quando um jovem o apresenta com uma tabuleta mostrando uma representação esquemática de uma lira acima de um desenho do tetráctis sagrado. (Domínio Público)

3) Sócrates – O Pensador que Moldou a Filosofia Ocidental

Sócrates é amplamente reconhecido como um dos mais célebres filósofos gregos da história, e sua busca pelo conhecimento teve um impacto duradouro na filosofia. Nascido em 469 a.C., ele também serviu na Guerra do Peloponeso.

Sócrates defendia a crença de que o conhecimento era o bem supremo e que buscar o conhecimento era essencial para levar uma vida virtuosa e boa. Ele argumentava que o bem e o mal eram absolutos, e apenas por meio da busca pelo conhecimento poderíamos aprender a distingui-los. Para Sócrates, a ignorância era a raiz do mal.

O Método Socrático foi desenvolvido por ele e consistia em tomar a ideia básica de alguém e fazer uma série de perguntas para expor contradições ou falhas. Sócrates buscava examinar conceitos cotidianos considerados óbvios pelas pessoas, a fim de obter informações valiosas.

Embora esse método indutivo tenha sido controverso em alguns momentos, Sócrates acabou sendo acusado de corromper a juventude de Atenas. Durante seu julgamento, ao invés de abraçar a ignorância, Sócrates aceitou a acusação de culpado e declarou que “a vida não examinada não vale a pena ser vivida”, antes de beber o veneno de cicuta.

As ideias de Sócrates permaneceram ao longo do tempo, em parte devido ao seu aluno Platão, que o retratou como o personagem central de seus diálogos. Esses escritos garantiram que o Método Socrático sobrevivesse e se tornasse um princípio fundamental do raciocínio científico por séculos.

Sócrates e Alcibíades, de Christoffer Wilhelm Eckersberg, 1813–1816 (Domínio Público)

4) Platão – O Renomado Filósofo da Grécia Antiga

Platão, ao lado de Sócrates, é uma figura seminal no pensamento ocidental. Nascido em 427 a.C., Platão foi um prolífico escritor e suas ideias continuam a influenciar pensadores através de obras como a República, o Simpósio e a fundação da Academia.

Uma das teorias de Platão afirmava que existe um mundo transcendente de ideias que contém formas perfeitas de cada objeto na Terra. Por exemplo, quando vemos uma mesa em nosso mundo físico, ela é apenas uma cópia imperfeita da Forma perfeita de uma mesa. Platão ilustrou essa noção através da conhecida “Alegoria da Caverna”.

Nessa alegoria, um grupo de seres humanos está preso dentro de uma caverna, com um fogo atrás deles projetando sombras de objetos na parede à sua frente, ocultando a verdadeira forma dos próprios objetos. Essas sombras representam nossos sentidos humanos falíveis, mas Platão acreditava que nosso conhecimento das Formas Perfeitas era inato em nós. Somente através da razão poderíamos desvendar esse conhecimento verdadeiro.

Além disso, Platão aplicou esse contraste entre as Formas Ideais e nossas cópias imperfeitas a conceitos como a Bondade e a Justiça. Ele sugeriu que o objetivo final da filosofia era usar a razão para alcançar a Forma perfeita da Bondade, em vez de nos contentarmos com nossa cópia imperfeita.

Pintura de uma cena do Simpósio de Platão (Anselm Feuerbach, 1873) (Domínio Público)

5) Aristóteles – O Filósofo Grego que Ensinou a Alexandre

Aos 17 anos, Aristóteles ingressou na Academia para estudar com Platão. Posteriormente, ele divergiu em algumas ideias de seu mestre e decidiu fundar sua própria escola, o Liceu. Além disso, Aristóteles foi tutor de Alexandre, o Grande, e suas ideias foram traduzidas para o árabe, tornando-o um dos primeiros filósofos gregos antigos a alcançar tal feito.

Assim como Platão, Aristóteles estava interessado em compreender como adquirimos conhecimento. No entanto, diferentemente de Platão, ele rejeitou a teoria das Formas e adotou uma abordagem mais empírica. Para Aristóteles, o conhecimento era obtido através das evidências observadas no mundo ao nosso redor.

O filósofo propôs que, ao observarmos um cão, identificamos características comuns que ele compartilha com outros cães. Além disso, ele desenvolveu uma forma de lógica conhecida como “silogismo” para analisar duas ou mais ideias e chegar a uma conclusão. Aristóteles via esse processo como uma habilidade inata da humanidade, que nos distinguia dos outros animais.

Além disso, Aristóteles estava interessado no propósito das coisas e em como alcançar uma vida virtuosa. Ele argumentava que, ao reconhecermos nossas características positivas, deveríamos usá-las para buscar a virtude e alcançar nosso potencial. Segundo ele, isso levaria à felicidade e resultaria em uma vida “boa”.

“A mais duradoura das imagens românticas, Aristóteles ensinando o futuro conquistador Alexandre”. Ilustração de Charles Laplante, 1866. (Domínio Público)

6) Epicuro – Em Busca da Tranquilidade

Após a morte de Alexandre, o Grande, a filosofia começou a se concentrar menos em epistemologia e metafísica, e mais na ética pessoal. Surgiram várias escolas filosóficas no mundo helenístico, incluindo O Jardim, fundada pelo filósofo grego Epicuro.

Para Epicuro, o prazer era a essência do bem, enquanto a dor representava o mal. Ele acreditava que conceitos como justiça e virtude derivavam do prazer. A busca máxima era maximizar o prazer em nossas vidas, evitando a dor, com o objetivo final de alcançar a tranquilidade, ou o que ele chamava de “ataraxia”.

Epicuro enfrentou críticas dos oponentes, que o acusaram de buscar prazeres hedonistas e imorais. No entanto, ele considerava a amizade como a forma mais elevada de prazer.

Seus seguidores não eram apenas alunos, mas também amigos, compartilhando uma vida simples baseada em prazeres facilmente sustentáveis. Eticamente, Epicuro defendia que, para viver uma vida agradável, era preciso ser honrado, justo e sábio.

Além disso, Epicuro tratou o medo da morte como a principal barreira para uma vida de prazer e tranquilidade. Argumentou que não deveríamos temer a morte, pois ela não envolvia dor, nem a nível consciente, nem físico. Simplesmente deixamos de existir.

Retrato de Epicuro, fundador da escola epicurista. Cópia romana após um original helenístico perdido. (Domínio Público)

7) Diógenes – O Filósofo Cínico

Diógenes, fundador da escola cínica, foi um dos filósofos gregos antigos mais radicais. Influenciado por Sócrates, ele levou uma vida de virtude, embora seus métodos fossem bastante diferentes dos de outros filósofos.

Para Diógenes, a chave era rejeitar as posses materiais e abraçar uma vida ascética de pobreza, a fim de se libertar das expectativas sociais e políticas. Ele acreditava em viver uma vida regida puramente por impulsos naturais, sem as restrições das convenções sociais. Diógenes acreditava que “tem mais quem se contenta com menos”.

Embora frequentemente ridicularizado por outros filósofos gregos antigos, os cínicos receberam esse nome da palavra grega “kunikos”, que significa “semelhante a um cachorro”. E isso tinha certo sentido. Diógenes argumentava que deveríamos viver de acordo com nosso estado natural animal e nos deixar guiar pelos ritmos da natureza.

Diógenes sentado em sua banheira de Jean-Léon Gérôme (1860) (Domínio Público)

Não se importando com o que os outros pensavam de sua filosofia, Diógenes ficou famoso por sua independência de espírito. Alexandre, o Grande, inclusive o procurou, oferecendo-lhe ajuda. A resposta cínica de Diógenes foi apenas pedir ao jovem conquistador que saísse da frente, pois estava bloqueando a luz do sol.

 

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