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Quem Eram os 12 Deuses Olímpicos na Mitologia Grega?

Quem Eram os 12 Deuses Olímpicos na Mitologia Grega

Na antiga mitologia grega, doze deuses e deusas olímpicos dominavam os assuntos humanos, desfrutando de festas, combates e intensos romances a partir de seu palácio no Monte Olimpo.

Os 12 deuses olímpicos pertenciam à terceira geração divina, sendo seis deles filhos dos poderosos Titãs que haviam deposto seu pai, Urano, o céu. O líder dos Titãs, Cronos, temia que seus próprios filhos eventualmente o desafiassem. Para prevenir isso, ele devorava cada um deles ao nascer.

Contudo, seu medo se confirmou quando sua esposa, Reia, conseguiu esconder o filho Zeus, salvando-o de ser engolido. Já adulto, Zeus resgatou seus irmãos e, com o auxílio de seus meio-irmãos gigantes, os ciclopes e os hecatônquiros (monstros de cinquenta cabeças), os deuses olímpicos derrotaram os Titãs. Desde então, governaram os destinos humanos a partir de seu majestoso palácio no Monte Olimpo.

 

Zeus: O pai dos Deuses

Após liderar a vitória contra Cronos, Zeus tornou-se o principal deus, governando todas as divindades que habitavam a montanha divina. Ele controlava a terra e o céu, sendo o árbitro supremo da lei e da justiça.

Com seu poder sobre o clima, ele lançava trovões e relâmpagos para reforçar seu domínio. Sua primeira esposa foi Métis, uma das Titãs. Posteriormente, Zeus se casou com sua irmã Hera, mas sua propensão a romances extraconjugais levou ao nascimento de vários deuses, semideuses e heróis mortais.

 

Hera: A Rainha dos Deuses Olímpicos

Hera reinava como a rainha dos deuses e era a deusa do casamento e da fidelidade. Ela foi uma das poucas olimpianas que permaneceu fiel a seu marido. No entanto, Hera também era conhecida por sua vingança contra as amantes de Zeus. Transformou Io em uma vaca e enviou um mosquito para atormentá-la constantemente.

Converteu Callisto em um urso e incitou Ártemis a caçá-la. Hera também enganou Semele, convencendo-a a pedir a Zeus que mostrasse toda sua glória, o que resultou na morte da mortal. O romance de Zeus com Alcmena gerou Hércules, sobre quem Hera despejou sua raiva. Ela enviou serpentes para matá-lo no berço, orquestrou seus doze trabalhos com a esperança de que ele não sobrevivesse e enviou as amazonas contra ele durante suas viagens.

Zeus e Hera

Deméter: A Deusa da Colheita

Conhecida como a “boa deusa” pelos humanos, Deméter supervisionava a agricultura e a fertilidade da terra. Como responsável pela produção de alimentos, ela era altamente venerada no mundo antigo. Deméter teve uma filha, Perséfone, que atraiu a atenção de Hades, o terceiro irmão de Zeus.

Hades acabou sequestrando Perséfone e a levou para seu sombrio palácio no submundo. Desesperada, Deméter procurou sua filha por toda a terra, negligenciando suas responsabilidades. A fome que se seguiu devastou o mundo, levando Zeus a ordenar que Hades devolvesse Perséfone. Contudo, Hades enganou Perséfone para que ela comesse sementes de romã do submundo, vinculando-a permanentemente à terra dos mortos.

Foi então acordado que Perséfone passaria quatro meses do ano com Hades. Durante esse período, Deméter, inconsolável com a ausência da filha, fazia com que nada crescesse, originando o inverno anual.

 

Apolo: O Deus do Sol, da Luz e da Música

O irmão gêmeo de Ártemis, Apolo, era o deus do sol, da luz, da música, da profecia, da medicina e do conhecimento, sendo o oposto de sua irmã. Seu oráculo em Delfos era o mais famoso do mundo antigo. Apolo recebeu uma lira de seu irmão Hermes, e este instrumento ficou associado a ele para sempre.

Considerado o mais belo dos deuses, Apolo era alegre e radiante, adorava cantar, dançar e beber, sendo imensamente popular entre deuses e mortais. Como seu pai, Apolo também perseguia mulheres mortais, mas nem sempre com sucesso. A ninfa do rio, Dafne, preferiu ser transformada em um loureiro por seu pai a sucumbir aos avanços de Apolo.

 

Atena: A Deusa da Guerra e da Sabedoria

Atena era filha de Zeus e de sua primeira esposa, Métis. Temendo que seu filho o destronasse, como ele próprio fizera com seu pai, Zeus engoliu Métis para evitar tal destino. Porém, Métis sobreviveu e, dentro de Zeus, começou a forjar uma armadura para a criança que estava por nascer. Eventualmente, Zeus sofreu uma forte dor de cabeça, e Hefesto abriu sua cabeça com um machado.

Atena emergiu completamente crescida e vestida em armadura. A força de Atena era comparável à dos outros deuses. Ela escolheu permanecer virgem, recusando amantes, e assumiu seu papel no Monte Olimpo como a deusa da justiça, da estratégia na guerra, da sabedoria, do pensamento racional e das artes. A coruja era um de seus símbolos mais importantes, e ela presenteou sua cidade favorita, Atenas, com a primeira oliveira.

 

Poseidon: O Deus dos Oceanos

Quando Zeus assumiu o reinado, ele dividiu o universo entre si e seus dois irmãos. Poseidon recebeu o domínio sobre os mares e todas as águas do mundo. Ele tinha o poder de causar tempestades, inundações e terremotos. Além disso, Poseidon era o protetor dos marinheiros e o deus dos cavalos. Sua carruagem, puxada por cavalos majestosos que se misturavam com a espuma do mar, atravessava as ondas com imponência.

Poseidon residia com sua esposa, Anfitrite, em um magnífico palácio no fundo do mar, embora ele fosse conhecido por suas aventuras extraconjugais. Anfitrite, tão vingativa quanto Hera, utilizou ervas mágicas para transformar Scylla, uma amante de Poseidon, em um monstro com seis cabeças e doze pés.

 

Ártemis: A Deusa da Lua e da Caça

Ártemis e seu irmão gêmeo Apolo eram filhos de Zeus e da Titã Leto. Hera, enciumada, ameaçou amaldiçoar qualquer terra que oferecesse refúgio a Leto e prolongou seu trabalho de parto por nove meses. Apesar das dificuldades, os gêmeos nasceram e se tornaram importantes deuses olímpicos.

Ártemis, de natureza tranquila e sombria, era a deusa da lua, das florestas, do arco e flecha e da caça. Como Atena, Ártemis optou por não se casar, sendo a deusa patrona da fertilidade feminina, castidade e parto, além de estar fortemente associada aos animais selvagens, com o urso sendo especialmente sagrado para ela.

 

Dionísio: O Deus do Vinho

Dionísio, deus do vinho, da vinificação, da alegria, do teatro e da loucura ritual, era querido tanto pelos deuses quanto pelos mortais. Filho de Zeus e da princesa trácia Semele, Dionísio nasceu sob circunstâncias dramáticas. Hera enganou Semele, fazendo com que ela pedisse para ver Zeus em toda a sua glória divina, o que resultou na morte de Semele.

Zeus salvou o filho ainda não nascido, costurando-o em sua coxa, de onde Dionísio nasceu alguns meses depois. Criado pelas ninfas de Nisa, Dionísio era o único olímpico nascido de uma mãe mortal. Talvez por isso, ele passava muito tempo entre os humanos, viajando extensivamente e compartilhando o dom do vinho com eles.

 

Afrodite: A Deusa do Amor e da Beleza

Afrodite não estava satisfeita com seu casamento com Hefesto, apesar das joias intrincadas que ele fazia para conquistá-la. Ela preferia Ares, o deus da guerra. Ao descobrir o caso entre Afrodite e Ares, Hefesto criou uma armadilha engenhosa. Ele colocou uma rede invisível de correntes ao redor de sua cama e capturou os dois amantes nus em pleno ato.

Hefesto então chamou os outros deuses e deusas, que vieram para zombar dos amantes enredados. Após serem libertados, ambos fugiram humilhados do Olimpo por um tempo. Além de suas aventuras com deuses, Afrodite também teve vários casos com mortais. Um dos mais famosos envolve a promessa da bela e casada Rainha Helena ao jovem Páris, o que culminou na lendária Guerra de Troia.

 

Hefesto: O Deus dos Ferreiros e da Metalurgia

As histórias sobre o nascimento de Hefesto variam. Algumas tradições dizem que ele era filho de Zeus e Hera, enquanto outras afirmam que foi concebido apenas por Hera para se vingar de Zeus pelo nascimento de Atena. De qualquer forma, Hefesto era considerado extremamente feio pelos padrões divinos.

Por conta de sua aparência, Hera o expulsou do Olimpo, o que resultou em sua claudicação permanente. Ele então aprendeu o ofício de ferreiro, construiu sua própria oficina e tornou-se o deus do fogo, metalurgia, escultura e artesanato. Suas forjas eram responsáveis pelo fogo dos vulcões. Hefesto se casou com a belíssima Afrodite, deusa do amor.

Alguns relatos sugerem que Zeus arranjou o casamento para evitar disputas entre os deuses por ela. Outra história popular conta que Hefesto prendeu Hera em um trono especial como vingança por seu tratamento, concordando em libertá-la apenas após receber a promessa de casamento com Afrodite.

 

Hermes: O Mensageiro dos Deuses

Hermes era um deus de muitas habilidades, incluindo comércio, eloquência, riqueza, sorte, sono, ladrões, viagens e criação de animais, e era conhecido por seu comportamento travesso. Sempre em busca de diversão, um de seus feitos mais notáveis foi roubar o rebanho sagrado de gado de Apolo ainda quando era apenas um bebê, o que levou à criação da lira como forma de apaziguar Apolo.

Como mensageiro dos deuses, Hermes cumpriu várias tarefas, como matar o monstro Argos para libertar Io, resgatar Ares de sua prisão pelos gigantes e convencer Calypso a libertar Odisseu e seus homens. Ele também tinha a responsabilidade de guiar as almas dos mortos para o submundo.

 

Ares: O Deus da Guerra

Ares era o deus da guerra, mas sua abordagem contrastava fortemente com a de sua irmã, Atena. Enquanto Atena era a deusa da estratégia e da guerra defensiva, Ares se deleitava com a violência e o derramamento de sangue que os conflitos traziam. Sua natureza agressiva e temperamento explosivo o tornaram impopular entre os outros deuses olímpicos, exceto Afrodite, e ele era igualmente detestado pelos mortais.

Seu culto de adoração era menor comparado ao de outros deuses, embora ele fosse bastante reverenciado pelos guerreiros espartanos no sul da Grécia. Apesar de ser associado à guerra, Ares era frequentemente retratado como um covarde, fugindo para o Olimpo em fúria toda vez que era ferido.

Enquanto Atena tinha Nike (vitória) como sua companheira constante, Ares era acompanhado por Enyo, Phobos e Deimos, que personificavam o conflito, o medo e o terror.

 

Excluídos do Olimpo: Héstia e Hades

A exclusão de Héstia e Hades da lista tradicional dos doze olimpianos revela a divisão dos espaços sagrados e os papéis distintos dos deuses. Héstia, deusa do lar e da lareira, era fundamental na vida doméstica, simbolizando a estabilidade e a continuidade da família.

Hades, governante do submundo, representava a inevitabilidade da morte e o mistério do pós-vida, aspectos que, embora cruciais, eram considerados à parte da esfera vivida dos deuses no Monte Olimpo.

Influência Duradoura

A mitologia grega e seus deuses continuam a influenciar a cultura contemporânea, oferecendo metáforas e arquétipos utilizados na literatura, arte, psicologia e filosofia. Através das histórias dos deuses olímpicos, compreendemos melhor os antigos gregos e, por extensão, nossa própria humanidade, com suas aspirações, medos e busca por significado.

Os deuses olímpicos, com suas narrativas entrelaçadas e características diversas, formam um panteão que, mais do que meros objetos de adoração, são um reflexo das complexidades da vida e da natureza humana, eternizando a mitologia grega como uma das mais ricas e profundas tradições da história humana.

 

Confira a história completa no vídeo:

 

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