Na mitologia mesoamericana, Quetzalcóatl, também conhecido como Kukulcán pelos Maias, é traduzido como ‘Serpente Emplumada’. Quando Quetzalcóatl e outros deuses criaram uma nova raça de pessoas, perceberam que não havia alimento disponível para elas. Para evitar que a humanidade perecesse, os deuses se dispersaram pelas terras em busca de comida. Quetzalcóatl encontrou uma formiga vermelha carregando um grão de milho e imediatamente entendeu que o milho seria o alimento ideal para o povo asteca.
Sobre mito de Quetzalcóatl e a descoberta do milho
O mito mencionado é originário da região Nahua, no centro do México. Diversas versões do mito de Quetzalcóatl e a descoberta do milho se espalharam por toda a Mesoamérica, especialmente na região maia. Essas narrativas são similares, focando na busca dos deuses pelo alimento perfeito para a humanidade.
Alfredo López Austin nos explica que esse mito se difundiu por uma área geográfica tão vasta porque faz parte de uma tradição mesoamericana compartilhada, que não é exclusiva dos astecas ou maias, e que exibe traços culturais fortes desde o extremo norte, abrangendo os modernos estados de Baja Califórnia e Chihuahua, até El Salvador e Honduras. A vasta extensão que formou a Mesoamérica foi um local de constante interação entre culturas e povos, tornando-se o berço de uma rica e ampla tradição nativa.
Esta história exemplifica um tipo particular de mito da criação, onde um elemento vital é escondido dos deuses, que têm a tarefa de descobri-lo. Nesse contexto, os deuses não criam, mas encontram um elemento que enriquece o mundo humano. A revelação da origem do milho marca o início da era humana.
Confira a história completa no vídeo:
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