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História das Civilizações – Egito

História das civilizações - Egito

O Egito Antigo, uma civilização milenar que se desenvolveu ao longo das margens do rio Nilo, é uma das joias da história da humanidade. Com uma rica e complexa trajetória, essa antiga civilização conseguiu estruturar de maneira notável sua forma de organização social ao longo do tempo.

Neste vídeo, vamos mergulhar nas profundezas da história do Egito Antigo, desde suas origens até seu declínio, explorando aspectos como a organização política, a religião, a escrita, a construção de pirâmides e o fim do Império Egípcio.

 

As Origens e a Organização Social

O Egito Antigo teve início por volta de 4.000 anos antes de Cristo, desenvolvendo-se nas regiões chamadas de Vales Férteis, graças aos compostos orgânicos presentes nas terras próximas ao rio Nilo. Ao longo da história, diversas civilizações e culturas enriqueceram a experiência existencial da humanidade, mas o Egito Antigo destaca-se como uma das mais importantes.

A história do Egito Antigo é tradicionalmente dividida em seis fases principais. O Período Pré-Dinástico marcou o estabelecimento dos nomos, pequenos estados, por volta de 4000 a.C., centrados em atividades agrícolas, artesanato e uso de metais. O Antigo Império, iniciado em 2780 a.C., foi caracterizado pela unificação política sob a égide dos faraós. O Período Intermediário testemunhou a recuperação do poder pelos nomos, enquanto o Médio Império estendeu-se até 1.785 a.C.

O Novo Período Intermediário foi marcado pela invasão dos hicsos, que se estabeleceram no delta do Nilo até por volta de 1580 a.C. O Alto Império, de 1580 a 1200 a.C., foi marcado pela expulsão dos hicsos e intensas guerras com diversos povos. Cada uma dessas fases teve personalidades e eventos singulares, como o cativeiro dos hebreus, destacando a complexidade e riqueza da história egípcia.

 

Religião e Crenças

A religião desempenhou um papel central na sociedade egípcia, dominando todos os aspectos sociais. Era uma religião politeísta, na qual cada região ou localidade possuía seus próprios deuses. A unidade política egípcia organizou esses deuses em um conjunto, incluindo divindades como Rá, Toth, Anúbis, Hórus, Maat, Seth, Osíris, Isis, Tefnut, Geb e Nut.

Os egípcios acreditavam na vida após a morte, e a religião explicava o costume do embalsamamento dos cadáveres. Os mortos eram julgados na vida após a morte de acordo com suas ações na Terra. Os egípcios acreditavam que o homem possuía duas almas, Ba e Ka, e a mumificação era realizada para preservar o corpo e a alma. Os túmulos, desde os simples até os mais elaborados, representavam a moradia após a morte, enfatizando a importância dada à vida eterna.

Escrita Egípcia

A escrita desempenhou um papel crucial na antiga civilização egípcia, manifestando-se em formas como demótica, hieroglífica e hierática. Os escribas, especialistas treinados nas escolas reais, desfrutavam de uma posição privilegiada na sociedade, controlando recursos e desempenhando funções políticas e econômicas.

A decifração dos hieróglifos ocorreu há aproximadamente 180 anos, durante as invasões de Napoleão ao Egito. Jean Champollion e sua equipe de cientistas franceses desvendaram os diferentes sistemas de escrita egípcia com base na “Pedra Roseta”, uma lápide de basalto negra. A escrita egípcia não apenas tinha utilidade prática, mas também permitia o desenvolvimento de uma literatura própria, abrangendo desde questões religiosas até sátiras do cotidiano.

 

As Pirâmides do Egito Antigo

As pirâmides do Egito são ícones imortais dessa civilização, obras grandiosas e misteriosas que revelam sua organização social, técnicas de construção e conhecimentos arquitetônicos e matemáticos. As três principais pirâmides preservadas até hoje são as de Queóps, Quefren e Miquerinos, construídas entre 2530 a.C. e 2471 a.C.

Contrariando a ideia comum de que foram construídas por escravos, alguns pesquisadores sugerem que trabalhadores especializados foram empregados e recebiam compensações. A construção exigia um grande número de trabalhadores para mover blocos de pedra com mais de uma tonelada, e o tempo necessário para finalizar uma pirâmide era longo, podendo ocorrer a morte do faraó responsável antes de sua conclusão.

As pirâmides eram, na verdade, túmulos para os faraós, onde seus corpos eram preservados para a eternidade. Os egípcios acreditavam na importância da morte e do ritual de passagem, e os túmulos eram cuidadosamente preparados, contendo desde objetos pessoais até sacrifícios de empregados, sacerdotes e animais.

O Declínio do Império Egípcio

O Antigo Império Egípcio, um dos mais antigos e longos impérios da história, enfrentou desafios significativos que levaram ao seu declínio. A partir de 1.100 a.C., o Egito entrou em uma fase de mudanças, marcada pela perda de poder militar, escassez de recursos naturais e conflitos políticos.

Os últimos grandes faraós, como Ramsés II e Ramsés III, conseguiram defender o Egito contra invasores, mas a um custo elevado, prejudicando a economia do império. O Egito enfrentou uma guerra civil e permaneceu dividido entre duas regiões, tornando-se vulnerável a invasões dos assírios, persas e, finalmente, dos gregos.

Fatores climáticos, como períodos de seca, frio incomum e inundações irregulares do Nilo, afetaram a agricultura egípcia, resultando em fome e escassez de alimentos. Desigualdades na distribuição de riqueza, agitação econômica e política enfraqueceram o império. A desconfiança em relação ao governo e à autoridade religiosa aumentou, e as guerras contínuas esgotaram os recursos econômicos dos faraós.

Além disso, o cristianismo começou a se espalhar pelo Egito, trazendo mudanças culturais, como a adoção do alfabeto em vez de hieróglifos, e o fim de práticas antigas, como a mumificação. O Egito, após mais de 3.000 anos de história, perdeu sua autonomia e foi subjugado por outras civilizações, marcando o fim de um capítulo extraordinário na história da humanidade.

Em resumo, a história do Egito Antigo é uma jornada fascinante através do tempo, repleta de realizações notáveis, crenças profundas e legados duradouros. Desde a grandiosidade das pirâmides até as complexidades da religião e da escrita, o Egito Antigo continua a cativar a imaginação e o interesse de estudiosos e entusiastas da história em todo o mundo.

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