Adentre o Mundo Mítico de Gilgamesh: A Mais Antiga Epopeia da Humanidade Revelada
A epopeia de Gilgamesh é um dos textos literários mais antigos da humanidade. Ela conta a história de Gilgamesh, um rei semi-divino que governava a cidade de Uruk, na antiga Mesopotâmia, por volta do século XXVII a.C. Gilgamesh era um rei poderoso, mas também tirânico e arrogante, que oprimia seus súditos e desafiava os deuses.
A epopeia é composta por 12 tábuas de argila, escritas em língua acádia, que foram encontradas na biblioteca do rei Assurbanípal, no século XIX. Acredita-se que elas sejam uma compilação de lendas e poemas sumérios sobre Gilgamesh, que foram transmitidos oralmente por séculos.
A epopeia tem cerca de 3000 versos e é dividida em duas partes: a primeira narra as aventuras de Gilgamesh com seu amigo Enkidu, um homem selvagem criado pelos deuses para ser seu rival e depois seu companheiro; a segunda narra a busca de Gilgamesh pela imortalidade, após a morte de Enkidu.
A epopeia de Gilgamesh é uma obra rica em temas e símbolos, que reflete a cultura e a religião da Mesopotâmia antiga. Ela aborda questões como o destino, a amizade, o amor, a morte, o heroísmo, o poder, a sabedoria e a relação entre os homens e os deuses.
Ela também apresenta semelhanças com outras narrativas antigas, como a Bíblia e a Ilíada, especialmente no episódio do dilúvio, em que Gilgamesh encontra Utnapishtim, o único sobrevivente de uma catástrofe enviada pelos deuses para exterminar a humanidade.
A epopeia de Gilgamesh é uma obra-prima da literatura universal, que influenciou muitos escritores e artistas ao longo da história. Ela é um testemunho da criatividade e da imaginação dos povos antigos, que souberam expressar seus anseios e seus conflitos em uma forma poética e épica.
A Epopeia de Gilgamesh é um dos textos literários mais antigos da humanidade. Ela conta a história de um rei que governava a cidade de Uruk, na antiga Mesopotâmia, e que buscava a imortalidade após a morte de seu amigo Enkidu. Neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre essa obra fascinante e sua importância histórica e cultural.
A origem da Epopeia de Gilgamesh
A Epopeia de Gilgamesh é baseada em lendas e poemas sumérios sobre o rei herói, que teria vivido por volta do século XXVII a.C. Esses textos foram escritos em placas de argila com escrita cuneiforme, uma das primeiras formas de escrita inventadas pelos sumérios. Os sumérios foram um povo que habitou a região da Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, no atual Iraque.
Os textos sumérios sobre Gilgamesh foram reunidos e compilados em um único poema épico no século VII a.C. pelo rei assírio Assurbanípal, que mandou copiar e traduzir para o acádio, uma língua semítica, os textos que encontrou na biblioteca de Nínive, sua capital. O poema épico resultante foi gravado em doze placas de argila, cada uma contendo cerca de 300 versos.
A descoberta da Epopeia de Gilgamesh
As placas de argila com a Epopeia de Gilgamesh ficaram esquecidas por milênios até serem redescobertas no século XIX pelo arqueólogo britânico Austen Henry Layard, que escavou as ruínas de Nínive. As placas foram levadas para o Museu Britânico, em Londres, onde foram estudadas e traduzidas por Henry Rawlinson e George Smith. A primeira tradução completa da Epopeia de Gilgamesh foi publicada em 1928 por Campbell Thompson.
Sendo um antigo poema épico mesopotâmico que narra os feitos de Gilgamesh, rei de Uruk, em sua busca pela imortalidade. É considerada a obra de literatura mais antiga da humanidade, que possui diversas lendas e poemas sumérios sobre o mitológico deus-herói Gilgamesh, que foram reunidos e compilados no século VII a.C. pelo rei Assurbanípal .
A Epopeia de Gilgamesh é um grande poema, que é constituído por doze placas de escrita cuneiforme, com aproximadamente 300 versos. O texto parece ter sido bastante conhecido na região onde teve origem.
Pesquisadores localizaram diversas traduções e adaptações feitas a partir da história original, em idiomas como o hitita e hurrita e em diferentes locais como Nippur, Uruk e na antiga capital hitita, que se chamava Hattusa. A história da epopeia de Gilgamesh inspirou outras obras literárias posteriores, como a Bíblia e a Ilíada.
A história da Epopeia de Gilgamesh
A história da Epopeia de Gilgamesh se divide em duas partes: a primeira narra as aventuras de Gilgamesh e Enkidu; a segunda narra a busca de Gilgamesh pela imortalidade.
Gilgamesh era um rei poderoso e tirânico que oprimia os habitantes de Uruk com seus excessos e caprichos. Os deuses decidiram criar um rival para ele, Enkidu, um homem selvagem que vivia na floresta com os animais. Enkidu foi seduzido por uma sacerdotisa de Istar, a deusa do amor e da guerra, que o levou para Uruk. Lá ele encontrou Gilgamesh e os dois lutaram até se tornarem amigos.
Gilgamesh e Enkidu partiram então para diversas aventuras, como enfrentar o monstro Humbaba nas Montanhas do Cedro e matar o Touro dos Céus enviado por Istar para punir Gilgamesh por rejeitar seu amor. Porém, essas façanhas desagradaram os deuses, que decidiram matar Enkidu como castigo. Enkidu teve uma doença terrível e morreu após doze dias.
O rei ficou inconsolável com a morte de seu amigo e temeu pela sua própria mortalidade. Ele resolveu então procurar Utnapishtim, o único homem que havia recebido a imortalidade dos deuses após sobreviver ao grande dilúvio que exterminou a humanidade. Gilgamesh enfrentou muitos perigos e obstáculos até chegar à ilha onde Utnapishtim vivia com sua esposa.
Utnapishtim contou ao rei como ele foi escolhido pelo deus Ea para construir uma arca e salvar sua família e alguns animais do dilúvio enviado pelo deus Enlil para acabar com a humanidade. Depois do dilúvio, Utnapishtim soltou uma pomba, uma andorinha e um corvo para verificar se as águas haviam baixado. O corvo não voltou, pois encontrou terra seca para pousar.
Então Utnapishtim e sua família saíram da arca e ofereceram um sacrifício aos deuses. Enlil ficou furioso ao ver que alguém havia sobrevivido ao dilúvio, mas Ea o convenceu a perdoar Utnapishtim e sua esposa e conceder-lhes a imortalidade.
Gilgamesh ficou impressionado com a história de Utnapishtim e perguntou-lhe como ele poderia obter a imortalidade também. Utnapishtim disse que era impossível para os mortais alcançarem a vida eterna, mas que ele poderia revelar a ele um segredo: existia uma planta no fundo do mar que tinha o poder de restaurar a juventude de quem a comesse.
Gilgamesh se amarrou a pedras pesadas e mergulhou no mar para buscar a planta milagrosa. Ele conseguiu encontrá-la e cortá-la, mas ao voltar para a superfície, ele se desamarrou das pedras e deixou a planta na margem do rio enquanto foi se banhar. Nesse momento, uma serpente sentiu o cheiro da planta e a roubou, deixando para trás sua pele velha. Assim que viu o que aconteceu chorou de desespero, pois havia perdido sua única chance de escapar da morte.
Gilgamesh então percebeu que sua busca pela imortalidade havia sido em vão e que ele deveria aceitar seu destino como mortal. Ele voltou para Uruk, sua cidade, e se dedicou a governar com sabedoria e justiça, honrando a memória de seu amigo Enkidu. Ele também mandou gravar sua história em tábuas de argila para que as gerações futuras pudessem conhecer suas aventuras e seus feitos.
Concluindo
Neste artigo, apresentamos uma breve introdução à Epopeia de Gilgamesh, um dos mais antigos poemas épicos da história da literatura. A Epopeia narra as aventuras e a busca pela imortalidade do rei Gilgamesh, que governou a cidade de Uruk, na Mesopotâmia, por volta do século XXVII a.C.
A obra é composta por doze tábuas de argila, escritas em língua acádia, que foram encontradas na biblioteca do rei Assurbanípal, no século XIX. A Epopeia de Gilgamesh é considerada um patrimônio cultural da humanidade, pois revela aspectos importantes da cultura e da religião mesopotâmicas, além de conter temas universais, como a amizade, o amor, a morte e a busca pelo sentido da vida.
Ela também se destaca por apresentar uma versão antiga do mito do dilúvio, que tem paralelos com outras tradições religiosas, como o judaísmo e o cristianismo. A Epopeia é um texto fascinante, que nos convida a conhecer um pouco mais sobre uma das civilizações mais antigas e influentes da história.
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Referências:
– ANONIMO. A Epopeia de Gilgamesh. Tradução realizada a partir da versão inglesa estabelecida por N.K. Sandars por Carlos Daudt de Oliveira. – 3ª ed., São Paulo, Editora WMF Martins Fontes, 2011.
– BRANDÃO, Jacyntho Lins. Ele que o abismo viu: a Epopeia de Gilgamesh. Belo Horizonte: Editora Crisálida, 2014.
– SMITH, George. The Chaldean Account of Genesis: Containing the Description of the Creation, the Fall of Man, the Deluge, the Tower of Babel, the Times of the Patriarchs, and Nimrod; Babylonian Fables, and Legends of the Gods; from the Cuneiform Inscriptions. London: Williams and Norgate, 1876.