O conto “O Mito de Apófis, a Grande Serpente Egípcia do Caos” revela um aspecto fascinante da mitologia egípcia, trazendo à tona a representação do caos e da destruição personificados por Apófis, o eterno inimigo de Ra, o deus supremo do panteão egípcio. A história destaca a batalha diária entre a serpente e o deus Sol, simbolizando o constante confronto entre a luz e a escuridão.
O Início da Jornada
No mito, Apófis aguarda diariamente a jornada de Ra pelo céu em seu barco solar, com o objetivo de atacá-lo e mergulhar o mundo na escuridão. No entanto, Ra conta com a ajuda de inúmeros defensores que o acompanham em sua jornada, prontos para enfrentar a serpente. Quandoa serpente bloqueia o caminho, os defensores abrem a barriga da serpente, permitindo que Ra siga adiante.
Um dos momentos marcantes da narrativa ocorre quando Apófis engole completamente a barcaça de Ra. Nesse momento, Ra se transforma em um gato e, com a ajuda de Set, consegue libertar-se do interior da serpente e continuar sua jornada. A história também destaca o episódio em que Apófis hipnotiza Ra e seus seguidores, exceto Set, que consegue resistir à serpente e repeli-la com sua lança.
A Resiliência de Apófis
Embora seja derrotado todos os dias, Apófis persiste em sua missão de engolir o deus Sol e seus seguidores, ciente de que, se falharem em escapar uma única vez, ele terá sucesso e o mundo será mergulhado na escuridão. Apesar de seu papel como uma divindade, Apófis raramente era adorado no Egito, sendo até mesmo objeto de um livro dedicado a contê-lo, conhecido como o “Livro de Apófis”. Essa obra continha rituais e feitiços mágicos destinados a manter a serpente sob controle.
A Representação da Batalha Diária Entre a Luz e a Escuridão
A mitologia egípcia atribuía a Apófis a liderança de um exército de demônios que ameaçavam atacar tanto os vivos quanto os mortos. Para impedir tal catástrofe, os sacerdotes do templo de Ra realizavam anualmente o “Banimento de Apep”, um ritual baseado no “Livro de Apófis”. Essa prática visava deter a influência negativa da grande serpente e proteger o equilíbrio cósmico e a ordem estabelecida pelos deuses.
O mito de Apófis revela não apenas a crença dos antigos egípcios em uma batalha contínua entre a luz e a escuridão, mas também sua necessidade de controlar e repelir as forças do caos. A narrativa destaca a importância do ritual e da magia como meios de proteção contra as ameaças que Apófis representava.
No contexto cultural e religioso do Egito antigo, “O Mito de Apófis, a Grande Serpente Egípcia do Caos” é um relato fascinante que reflete a visão dualista do mundo, onde o combate entre o bem e o mal é uma constante. Além disso, o mito ressalta a importância da ordem e da estabilidade cósmica para a sociedade egípcia, que buscava manter-se protegida contra as forças do caos representadas por Apófis.
Resumindo
Em suma, o conto proporciona uma imersão na mitologia egípcia, apresentando uma narrativa envolvente sobre a eterna batalha entre o deus Sol e a Grande Serpente do Caos. Com seus elementos simbólicos e a mensagem subjacente sobre a necessidade de preservar a ordem e a luz, o mito de Apófis continua a encantar e a despertar reflexões sobre os desafios enfrentados pela humanidade na busca pelo equilíbrio e pela harmonia.
Assista o conto completo no vídeo:
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