Os mitos egípcios são valiosos não apenas pelas histórias cativantes, mas também pelas percepções que oferecem sobre o pensamento egípcio e seu estilo de vida. O Mito de Ísis e a Conquista do Trono de Rá exemplifica a importância dos nomes para os egípcios, os métodos de cura, o uso da magia e muito mais.
Além disso, nos mostra que os deuses egípcios eram bastante diferentes dos de outras culturas, pois não eram infalíveis. Eles podiam ser enganados, afetados por doenças e feitiços mágicos, e às vezes respondiam aos desafios de maneira pouco sensata. No entanto, eram venerados em todo o país, talvez precisamente por essas falhas.
Acredita-se que a história de Ísis e Rá tenha surgido durante o Novo Reino. Todos os registros que sobreviveram ao tempo vêm da cidade de Deir el-Medina, durante a XVIII Dinastia, também conhecida como Dinastia Tutmésida, pois muitos faraós tinham o nome Tutmés. A narrativa inclui um encantamento destinado a afastar animais venenosos ou proteger contra envenenamentos.
Sobre o Mito de Ísis e a Conquista do Trono de Rá
No Antigo Egito, os nomes não eram apenas identificadores. Eles faziam parte da essência da pessoa e tinham poder sobre ela. Por isso, Ísis precisou elaborar um plano complexo para descobrir o verdadeiro nome do deus-sol, Rá. Primeiramente, ela coletou a saliva do deus e criou uma cobra venenosa com ela.
Quando Rá foi mordido e envenenado, Ísis disse que a única maneira de salvá-lo seria se ele revelasse seu nome verdadeiro. Mesmo em grande sofrimento, Rá percebeu que estava numa armadilha. Ele revelou seu nome verdadeiro, concedendo poder a Ísis sobre ele, ou escolheu morrer com honra ao invés de ceder?
Confira a história na integra no vídeo:
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